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terça-feira, 25 de agosto de 2009

TROPICÁLIA NA LINHA DO EQUADOR

Os projetos NAVEGANDO NA VANGUARDA e ALDEIA SESC – Povos da Floresta apresentam o show-manifesto Tropicália na Linha do Equador com o poeta e compositor amapaense Aroldo Pedrosa, vencedor de festivais de música popular pelo país, entre eles o 3º Fest Sinhá – Festival Internacional da Canção de Goiás/2000, o 10º Festival MPB de Tatuí/2001 (SP) e o 37º Festival da Canção de Boa Esperança/2005 (MG).


Aroldo Pedrosa contará com o acompanhamento da banda Vanguarda, formada pelos músicos – também amapaenses – Israel Cardoso (direção musical, guitarra e violão I), Alan Bacelar (violão II), Jéfrei Galúcio (teclado), Helder Melo (baixo), Marquinhos (bateria), Diego Gomes (percussão), Aritiene Dias (sax), Jorge Luís (trompete I), André Garcia (trompete II) e Antônio Carlos (trombone). E a atriz e tigresa Rosa Rente, com intervenções poéticas tropicalistas.


O repertório das canções do show foi escolhido através de um trabalho minucioso de pesquisa, fazendo um panorama da MPB que vai da popularíssima e inesquecível Vou tirar você desse lugar (Odair José) à antológica e revolucionária É proibido proibir (Caetano Veloso).

Tropicália na Linha do Equador é um show coletivo, com convidados como os cantores Cléverson Baía, Matheus Farias, Alan Bacelar, Dylan Rocha, Rebeca Braga, Celine Guedes e as bandas Mini Box Lunar e Os Corleones.

Matheus Farias é revelação da nova safra de cantores do Amapá. Foi ele o intérprete de Anjo (Aroldo Pedrosa/ Zé Miguel), canção campeã do II Festival Universitário da Canção-Feucan/2005. Rebeca Braga despontou no Fejoca – Festival Jovem da Canção, e hoje é cantora reconhecida no cenário musical amapaense. Dylan tem Bob Marley como mestre e faz o reggae do meio do mundo. Cléverson Baía, o mais experiente do grupo, interpreta Levemente Louca, junto com o parceiro e anfitrião Aroldo Pedrosa. “Levemente Louca é uma balada tropicalista-amazônica”, completa Pedrosa, o compositor da letra vanguardista. O jovem músico estreante Alan Bacelar canta Sonho de Ícaro (Pisca/ Cláudio Rabello) e A bela e a fera (Edu Lobo/ Chico Buarque), esta gravada por Tim Maia no célebre disco “O grande circo místico”, e, no final, vai juntar-se ao Aroldo, Rebeca e Celine para fazer Os Doces Bárbaros, em Fé Cega, Faca Amolada (Milton Nascimento/ Ronaldo Bastos). A banda Os Corleones faz o Top-Top (Arnaldo Baptista) e a Mini Box Lunar, que faz música e poesia de vanguarda no meio do mundo, completa o elenco de convidados com a música autoral Eu já quebrei os discos do Odair.

Outro importante momento do show é a reverência que o artista – discípulo confesso do movimento tropicalista – faz aos 41 anos da Tropicália, rememorando dois episódios históricos e controvertidos da cultura brasileira: o Phono 73 – quando o compositor/cantor baiano tropicalista Caetano Veloso, ao retornar do exílio londrino, se apresentou com o cantor brega Odair José cantando Vou tirar você desse lugar. O segundo episódio é o polêmico Festival Internacional da Canção-FIC, de 1968, realizado no Teatro TUCA (SP) e promovido pela Rede Globo, onde o criador da Tropicália, acompanhado da banda Os Mutantes, defendeu a sua É proibido proibir, explodindo em um discurso que perpetuou a máxima “Vocês não estão entendendo nada!”. A reverência culmina com o retorno de “1968 – o ano que não terminou”, do escritor e jornalista Zuenir Ventura – livro famoso que fala dos acontecimentos da época, reeditado agora e provocando novas e acaloradas discussões. Em Vou tirar você desse lugar, Alan Bacelar faz o violão tocado por Odair José, e na emblemática É proibido proibir, a banda Vanguarda recebe o reforço da Mini Box Lunar para reviver a banda tropicalista Os Mutantes. No repertório tem ainda “Coração Materno”, composição de Vicente Celestino, considerada “música de mau gosto” pelos mais jovens na época, mas interpretada – sob arranjos de Rogério Duprat – com genialidade por Caetano; e Soy loco por ti, América (Gilberto Gil/ Capinan), composição feita em homenagem ao líder guerrilheiro Chê Guevara, morto em 1968. Esta canção (uma idéia de Caetano) é marco também do tropicalismo. Tem ainda Linha do Equador – canção de Caetano, em parceria com Djavan, bem representativa da idéia da Tropicália no meio do mundo. O show se encerra com Fé Cega, Faca Amolada (Milton Nascimento/ Ronaldo Bastos), numa homenagem aos Doces Bárbaros – Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa – que, em 1977 e 25 anos depois (2002), se juntaram, com amor no coração, para cantar a Tropicália. Imagens dos DVDs OS Doces Bárbaros e Outros Bárbaros vão ser exibidas durante o evento.


Show: Tropicália na Linha do Equador
Data: 27 de agosto de 2009 (quinta-feira)
Local: SESC Centro/ IV ALDEIA SESC – Povos da Floresta
Hora: 21h
Traje: Tropicalista / Premiação: A fantasia mais criativa ganha uma assinatura anual da revista Vanguarda.


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